Na altura em que, ainda a preto e branco, a televisão ganhava um espaço nas mesas e bancadas das salas e cozinhas por todo o mundo, a sua utilização crescente levou a uma canalização de fundos para a divulgação artística e de produto através deste meio.
No entanto, se para obter uma imagem apenas precisamos de uma câmara e carregar no play, para adicionar uma componente sonora a uma peça, seja o tema de abertura de uma série, filme, ou anúncio, não basta um Zé Manel com uns tambores a tira-colo e guitarra na mão.
Desta forma, nos primórdios do cinema/Tv, o custo de qualquer produção visual era largamente acrescido devido à contratação de uma banda ou músicos “à lá carte” para a produção das peças sonoras. Assim, e vendo nisto uma oportunidade de mercado, determinadas editoras especializaram-se em criar bancos sonoros, bibliotecas musicais, com o recurso a músicos individuais (ou não), ampliando desta forma a oferta (em termos de género). Deste modo, o processo de criatividade artística é impulsionado, estimulado e respeitado, o que no fim, é a tríade original água/terra/sol que se deve sempre respeitar. Um artista, os melhores instrumentos, e a dose certa de tempo…
Esta música é produzida com o objectivo claro de evocar estados de espírito, situações e respostas emotivas, fazendo assim o que a música faz de melhor. Acima de tudo, a música de biblioteca/produção é criativa e futurística. Os artistas eram encorajados a procurar novas e inesperadas texturas, efeitos e combinações musicais. Ouvir alguns destes álbuns dá-nos uma perspectiva da tecnologia sonora da altura, da variedade instrumental e estética musical. É em alguns destes álbuns que se podem ouvir os primeiros sintetizadores, além da ousada fusão musical que oferecem. Combinação de riffs funkizados com sintetizadores espaciais ou bossa nova com um toque a Côte D´Azur não são assim tão incomuns.
As editoras ainda não tinham grande sentido de público alvo e demografia, pelo que era permitido ao músicas uma aventura com mapas ilimitados, e o resultado, é música que soa como nenhuma outra.
Esta estética e originalidade, aliada a uma baixa impressão (ainda nem havia cassetes na altura) de vinis faz com que alguns destes álbuns sejam de uma raridade obscura e banhada a ouro, razão pela qual são por vezes comercializados a preços absolutamente proibitivos.
Se há alguma música efémera, é claramente esta. Discos que foram produzidos para uma determinada altura e imediatamente arquivados assim que esse momento passa. Hammonds B3 dão lugar a sintetizadores e determinados ritmos harmónicos são catalogados de ultrapassados pela “nova corrente” musical. Música feita bem longe das aspirações para Pop-Charts e que conserva em si algumas das mais incríveis produções musicais da história.
Bora lá abrir o baú, soprar para tirar o pó maior e subir o volume…
No entanto, se para obter uma imagem apenas precisamos de uma câmara e carregar no play, para adicionar uma componente sonora a uma peça, seja o tema de abertura de uma série, filme, ou anúncio, não basta um Zé Manel com uns tambores a tira-colo e guitarra na mão.
Desta forma, nos primórdios do cinema/Tv, o custo de qualquer produção visual era largamente acrescido devido à contratação de uma banda ou músicos “à lá carte” para a produção das peças sonoras. Assim, e vendo nisto uma oportunidade de mercado, determinadas editoras especializaram-se em criar bancos sonoros, bibliotecas musicais, com o recurso a músicos individuais (ou não), ampliando desta forma a oferta (em termos de género). Deste modo, o processo de criatividade artística é impulsionado, estimulado e respeitado, o que no fim, é a tríade original água/terra/sol que se deve sempre respeitar. Um artista, os melhores instrumentos, e a dose certa de tempo…
Esta música é produzida com o objectivo claro de evocar estados de espírito, situações e respostas emotivas, fazendo assim o que a música faz de melhor. Acima de tudo, a música de biblioteca/produção é criativa e futurística. Os artistas eram encorajados a procurar novas e inesperadas texturas, efeitos e combinações musicais. Ouvir alguns destes álbuns dá-nos uma perspectiva da tecnologia sonora da altura, da variedade instrumental e estética musical. É em alguns destes álbuns que se podem ouvir os primeiros sintetizadores, além da ousada fusão musical que oferecem. Combinação de riffs funkizados com sintetizadores espaciais ou bossa nova com um toque a Côte D´Azur não são assim tão incomuns.
As editoras ainda não tinham grande sentido de público alvo e demografia, pelo que era permitido ao músicas uma aventura com mapas ilimitados, e o resultado, é música que soa como nenhuma outra.
Esta estética e originalidade, aliada a uma baixa impressão (ainda nem havia cassetes na altura) de vinis faz com que alguns destes álbuns sejam de uma raridade obscura e banhada a ouro, razão pela qual são por vezes comercializados a preços absolutamente proibitivos.
Se há alguma música efémera, é claramente esta. Discos que foram produzidos para uma determinada altura e imediatamente arquivados assim que esse momento passa. Hammonds B3 dão lugar a sintetizadores e determinados ritmos harmónicos são catalogados de ultrapassados pela “nova corrente” musical. Música feita bem longe das aspirações para Pop-Charts e que conserva em si algumas das mais incríveis produções musicais da história.
Bora lá abrir o baú, soprar para tirar o pó maior e subir o volume…